Alimentação cuidada, amigos fieis, uma companhia para a vida e um bom livro à cabeceira. Estes são alguns conselhos para quem quer viver por muitos anos.
Não vale a pena insistir: a vida eterna é impossível (pelo menos por enquanto). Mas está ao alcance de qualquer um aumentar a qualidade no tempo de vida limitado que tem. Principalmente quando chega à terceira idade.
Se seguir estes conselhos, dados pelo El País, o mais provável é aumentar o número de anos que tem pela frente e desfrutar deles de um modo mais saudável.
Reduza o consumo de calorias
Se diminuir o número de calorias que consome por dia aumenta a longevidade. É que reduzir 10 a 40% das calorias diárias ajuda as proteínas sirtuinas, que travam o envelhecimento. Mas atenção: nunca deixe de comer entre as 1.500 e 2 mil calorias aconselhadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Até porque se o fizer podem aparecer outros problemas.
Coma brócolos, fruta e café (sim, café)
Um copo de vinho branco, uma chávena de café, uma boa peça de fruta e um ramo hortaliças não sabe o bem que lhe fazem. Estes alimentos têm propriedades antioxidantes, antiinflamatórias e anticancerosas. O Journal of Nutrition diz que se seguir esta dieta diminui em 30% a mortalidade a partir dos 65 anos.
Experimente comer também cenouras. Não porque fazem os olhos mais bonitos, mas sim porque têm alfa-caroteno que pode diminuir o risco de morte.
Coma tostas com… banha
Pelo menos é o que se podem concluir de uma investigação com ratos feita pela Universidade de Córdoba. Uma dieta baixa em calorias, mas que inclua alguma banha pode aumentar a longevidade mais do que azeite, a soja ou o peixe. Estranho? Nem por isso, se pensar que a banha tem ácido oleico, que atenua a morte celular nos órgãos mais importantes.
Cuidado com os pneus
Não, não estamos a falar das rodas dos carros. É mesmo essa gordura que insiste em assentar à volta da barriga e que é um grande alerta vermelho no que respeita a doenças cardiovasculares. Uma investigação da Universidade de Leiden diz que as pessoas que vivem mais tempo têm menos gordura acumulada na barriga.
Reduzir cinco quilogramas diminui significativamente a probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes. Toca a mexer?
Passeie meia hora por dia
Por falar em desporto, que tal dar um passeio de meia hora em pelo menos seis dias da semana? Algo tão agradável quanto isto pode reduzir em 40% o risco de morte. A atividade física é mesmo muito importante se quiser manter-se vivo durante mais anos: impede a perda de massa muscular, o desenvolvimento de osteoporose e o aparecimento de doenças cardiovasculares e neurodegenerativas.
Os conselhos dos médicos são para fazer exercícios de aeróbia, andar de bicicleta e levantar alguns pesos em três dias da semana. Se aumentar o tempo dos exercícios até aos 45 minutos vai aumentar a longevidade.
Não teste os seus limites físicos
Fazer exercício sim, mas a partir dos setenta não vale a pena fingir que tem quinze. Algo tão banal como uma queda pode ser muito perigosa para um corpo que está mais fragilizado. Os geriatras alertam que cair de uma cadeira é tão perigoso quanto um enfarte do miocárdio. É que os ossos não têm a mesma consistência e, a partir dos cinquenta anos, a resistência altera-se.
Mantenha uma atividade sexual saudável
A longevidade também depende uma vida sexual satisfatória. Por isso não ignore se os problemas de disfunção erétil lhe baterem à porta: a partir dos 45 anos essa é a realidade de muitos homens e normalmente está ligada a doenças cardíacas que podem mesmo encurtar o tempo de vida. Mas todos estes problemas têm uma cura: vá em busca dela e consulte um médico.
Durma dez horas
Não é um desperdício de tempo: dormir revitaliza o organismo e repõe os níveis hormonais. O número de horas que cada um deve dormir depende do estilo de vida e das necessidades orgânicas: há quem se sinta bem com sete horas de sono e há aqueles que, mesmo que vivam até aos 100, vão passar a maior parte do tempo a dormir. Conheça-se.
Leia um bom livro
É necessário cuidar do corpo, mas é igualmente importante vigiar a sua mente. E esta não pode mesmo parar: tente agilizá-la lendo jornais, jogando às cartas, assistindo a filmes ou tendo discussões acesas sobre os mais variados assuntos. Este é o conselho do médico americano Konstantinos Arfanakis.
Viva em casal
Chegar à terceira idade com uma companhia não é apenas uma ideia romântica: é também saudável. Com alguém ao lado pode dividir tarefas e partilhar atividades, o que resulta num bem estar generalizado. Quem mais sofre com a solidão? São mesmo os homens, cuja longevidade diminui quando não têm alguém para lhes pegar na mão.
Conserve as amizades
Pessoas rodeadas de muitos amigos têm um risco de morte reduzido na ordem dos 22%. Os amigos fazem bem, ajudam a manter a jovialidade e com eles podem partilhar-se muitas experiências.
Olhe pelos seus dentes
A pele e os ossos talvez sejam o que mais depressa dão sinais de velhice, mas a boca também precisa de ser vigiada. Os dentes dizem muito sobre a saúde de alguém. Quando ficamos mais velhos, as gengivas retraem, os dentes diminuem de tamanho e a articulação que liga a mandíbula ao crânio desgasta-se.
Também se torna menos fácil identificar os sabores e é mais provável o aparecimento de infeções. E este fator pode influenciar todos os outros órgãos. Daí ser importante ir ao dentista.
Vá ao médico regularmente
Os japoneses têm a esperança média de vida mais alta do mundo. Mas vão ao médico 13 vezes por ano. E talvez seja esse o segredo da longevidade nipónica e um bom exemplo a seguir: é que quanto mais for ao médico, mais fácil detetará eventuais problemas de saúde e mais rápido será tratado.
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