Que devemos ir ao médico com regularidade todos sabemos. Mas qual é a frequência ideal? Explicamos tudo. Os dados são da Direção-Geral da Saúde e do Portal da Saúde.
Bebés - Segundo as normas da Direção-Geral da Saúde (2013), a primeira visita ao médico deve ocorrer na primeira semana depois da alta hospitalar. Depois, no primeiro e segundo meses. Ao quarto mês também deve ser feita uma nova consulta, assim como aos seis, nove e 12 meses. Depois do primeiro ano de vida, o bebé deve voltar a ser visto aos 15 e 18 meses. Aos dois e depois aos três anos deve fazer nova consulta.
Crianças - Dos 5 anos até ao final da adolescência, a criança ou jovem deve ser vista em média uma vez por ano. Diminua o intervalo de tempo para crianças e adolescentes que sofram de alguma doença, como diabetes. Caso a criança ou adolescente tenha sofrido de doença oncológica, as consultas devem ser bem mais frequentes e sempre que notar alterações na criança. Quanto ao dentista, o médico também irá controlar o crescimento e o desenvolvimento dentário, dando-lhe conselhos sobre o desenvolvimento dentário e respetivas condicionantes, nomeadamente a importância do flúor, como ajudar a manter uma boa higiene oral, como lidar com os hábitos orais da sua criança, nutrição e dieta. Segundo normas da Direção-Geral da Saúde (2013), anos quatro anos deve ser feita uma consulta por um especialista. Aos cinco anos, é recomendado um exame global de saúde. Aos seis ou sete anos uma nova consulta assim como aos oito.
Adolescência - Aos 10 anos, antes da entrada na adolescência, a criança deve ir ao médico. Este vai analisar o estado de saúde geral da criança. Depois, aos 12 ou 13 anos, é recomendado um exame global de saúde. Uma nova consulta é essencial entre os 15 e 18 anos, segundo dados da Direção-Geral da Saúde. As idades referidas não são rígidas – se uma criança ou jovem se deslocar à consulta por outros motivos, pouco antes ou pouco depois da idade-chave, deverá, se a situação clínica o permitir, ser efetuado o exame indicado para essa idade. Com este tipo de atuação – exames de saúde oportunistas – reduz-se o número de deslocações e alarga-se o número de crianças cuja saúde é vigiada com regularidade. De igual modo, a periodicidade recomendada deverá adequar-se a casos particulares, podendo ser introduzidas, ou eliminadas, algumas consultas em momentos especiais do ciclo de vida das famílias, como, por exemplo, em situações de doença grave, luto, separações ou aumento da fratria.
Grávidas - As mulheres grávidas devem procurar o obstetra o mais cedo possível. O médico fará uma análise geral e solicitará os exames que necessita. No primeiro trimestre, a primeira consulta deve acontecer às 8 semanas e de novo às 12 semanas. No segundo trimestre, deve fazer três consultas: às 16, 20 e 24 semanas. No terceiro trimestre, deve fazer nova observação por um especialista às 28 semanas. Depois às 32 e 36 semanas. Por último, deve ser observada às 38 semanas e 40 semanas.
Doentes crónicos - Se tem algum tipo de diabetes, problemas congénitos, cancro ou é portador de doenças degenerativas, a frequência da consulta deve ser mensal, dependendo da orientação do seu médico. Procure uma segunda opinião junto de um especialista sempre que as suas dúvidas não forem dissipadas.
Adultos - Todos os anos, deve fazer análises. Faça exames de audição e visão a partir dos 40 e 50 anos. A pressão arterial também deve ser medida com regularidade. De acordo com uma Recomendação do Conselho da União Europeia à Comissão e aos Estados Membros, devem ser feitos os seguintes testes de rastreio: Rastreio do cancro do colo do útero - realização do Teste de Papanicolau, a iniciar entre os 20 e os 30 anos. A citologia cervical deve ser repetida entre os 20 e os 60 anos, cada 3 anos após 2 anos seguidos negativo; Rastreio do cancro da mama - realização de mamografia (a cada dois anos) nas mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos; Rastreio do cancro colorretal - pesquisa de sangue oculto nas fezes em homens e mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos. A colonoscopia deve ser repetida a cada 10 anos. A ocorrência de determinadas doenças prévias, ou doenças oncológicas em familiares próximos, podem justificar um plano de rastreio diferente, a definir pelo médico.
Idosos - A partir dos 65 anos, a visita ao médico deve ser algo mais rotineiro. Caso tenha saúde, a maior parte dos exames poderá ser feita anualmente. Mas se a sua saúde se encontra debilitada, como excesso de peso ou doenças graves, os exames devem ser feitos com maior periodicidade, de acordo com as indicações do seu médico.
Sempre que tiver febre, dores, notar alterações no corpo ou outro tipo de complicações de saúde deve procurar ajuda médica. Só assim salvaguardará a sua saúde.