domingo, 20 de setembro de 2015

Livro de fotos reúne idosos que desafiam o envelhecimento






Fascinado pela vitalidade de alguns idosos que conheceu, o fotógrafo russo Vladimir Yakovlev concebeu um projeto que captura o vigor da chamada terceira idade: iniciado em 2011, Age of Happiness ("Idade da felicidade") retrata o vigor destes cidadãos experientes e dotados de plena energia.

"Por algum motivo, ainda acreditamos que aquelas pessoas que descobriram os segredos da longevidade e da juventude só podem ser encontrados em mosteiros e cavernas em montanhas remotas ou no meio de uma floresta", ironiza Yakovlev.

"Mas a verdade é que essas pessoas vivem entre nós, na nossa rua, nos lugares que frequentamos e nas cidades que visitamos. Não as conhecemos e, por isso, perdemos uma oportunidade incrível de aprender com eles sobre um modo de vida que até ontem parecia existir apenas no mundo da fantasia", afirma.





 Montserrat Mecho

 

Mecho é uma espanhola que fez seu primeiro salto de paraquedas quando tinha 49 anos. Desde então, já contabiliza quase mil saltos. Além de praticar skydiving, ela também faz esqui, windsurf e mergulho. Nesta foto, de 2012, ela estava com 78 anos.


Yvonne Dowlen

 

A americana de 89 anos patina no gelo há 75. Quando sofreu uma grave lesão na cabeça após um acidente de carro, aos 80 anos, seus médicos a aconselharam a pendurar os patins. Mas ela continua competindo. "Quando estou de baixo astral, vejo meus amigos com suas bolsas de oxigênio e me animo a colocar os patins e sorrir", diz ela.

Tao Porchon-Lynch

 Reconhecida pelo Livro Guinness dos Recordes como a instrutora de ioga mais velha do mundo, esta indiana radicada nos Estados Unidos tem 96 anos. Seu dia começa com três horas de aulas de manhã e termina com duas horas de ensaios de danças de salão - atividade que ela adotou aos 87 anos e com a qual já ganhou mais de 600 prêmios. "Não acredito em idade. Acredito na força da energia", ela costuma dizer.

Ruth Flowers

 

Quando ajudou o neto a organizar uma festa, a britânica Ruth Flowers, então com 68 anos, descobriu sua paixão pela discotecagem. A primeira aparição como DJ profissional foi em uma boate em Cannes, dez anos depois. Flowers adotou o nome Mamy Rock e atuou até sua morte, em maio de 2014, aos 83 anos. Yakovlev a fotografou em julho de 2012.

Greta Pontarelli

 

Aos 59 anos, esta americana foi diagnosticada com osteoporose. Decidida a seguir a recomendação médica de fazer uma atividade física, ela passou a praticar o pole dancing. "Eu precisava exercitar os músculos, mas musculação é muito chato", explica. Hoje, com 63 anos, ela continua participando de competições na modalidade, tendo vencido o Mundial de Esportes com Vara na categoria Masters em 2014.

John Lowe

 

O britânico Lowe sempre sonhou em ser bailarino, mas só começou a ter aulas aos 79 anos. Sua estreia nos palcos foi aos 89 anos. Quando completou 90, seus filhos e netos o proibiram de dar piruetas no ar, mas ele continua dando saltos. Hoje, aos 94, Lowe mantém uma rigorosa rotina de treinos, que inclui acrobacias em um trapézio.

Lloyd Kahn

 

Este californiano começou a andar de skate aos 65 anos. Não desistiu nem depois dos primeiros tombos. Fotografado por Yakovlev em janeiro de 2013, aos 78 anos, Kahn pratica o skate todos os dias e ainda leva o filho e o neto com ele. "Não faço manobras radicais e tento não ir muito rápido para poder saltar e aterrissar em terra firme quando precisar", revela.

Duan Tzinfu

 

Duan mudou sua vida quando viu um grupo de pessoas se exercitando em um parque de Pequim e ficou impressionado com a flexibilidade delas. Yakovlev conta que o chinês de 76 anos passou 50 anos trabalhando como operário em uma fábrica de vidros. Quando se aposentou, mal podia andar e tinha os pulmões intoxicados. Seguindo uma rotina diária de alongamentos e exercícios respiratórios, Duan hoje faz movimentos que nem os mais jovens acompanham.

Valentin Badich

 

Conhecido em sua cidade-natal, Ecaterimburgo, na Rússia, como "vovô do Elvis Presley", Badich é um enérgico dançarino que mudou sua vida aos 50 anos. Na época, dores excruciantes nas juntas o levaram a um médico que queria operá-lo para colocar implantes de titânio. Decidido a não capitular, o russo passou a dançar diariamente. "O fôlego dele é incrível, e ao fim da nossa sessão de fotos, todos nós estávamos dançando com ele", conta Yakovlev.

Doris Long

 

Aos 85 anos, a britânica Doris Long viu um grupo de pessoas praticando rapel em uma descida de 20 metros e achou a atividade muito divertida. Aos 92, já fez rapel em um prédio de 70 metros de altura, na cidade de Portsmouth. Hoje, aos cem, ela continua se aventurando.

 

 

 

 

 

 

 

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